Notícias
No passado dia 20 de maio, decorreu na Galeria dos Benfeitores no MMIPO a leitura pública da "História do soldado".
Trata-se de uma iniciativa da Assédio - companhia de teatro - em parceria com o Centro Integrado de Apoio à Deficiência (CIAD) e o Museu da Misericórdia do Porto, tornando esta peça de teatro inclusiva.
A "História do Soldado", datada do início do século XX, foi escrita no pós-guerra por Igor F. Stravinsky. É uma história leve, divertida e com uma vertente moral.
A peça foi lida por formandos do curso Operador/a Gráfico/a de Braille (CIAD): Ana Bessa, Mafalda Cunha, Maria Alice Pinheiro, Paulo Santos, Paulo Silva, Pedro Carvalho, Tiago Vidinha e Verónica Baptista. Joana Pereira foi operadora de som e a direção esteve a cargo de Rosa Quiroga.
A História do Soldado
Trata-se de uma obra inspirada num conto popular russo, onde existe uma parte de narração, uma parte de dança, uma parte de representação (mimo) e uma parte musical.
Esta obra conta-nos a história de um Soldado que volta da guerra e que vem a seguir o seu caminho de regresso a casa quando se encontra com uma pessoa disfarçada que é o diabo que, a todo o custo, tenta apoderar-se do violino que o soldado transporta, pois esse instrumento musical representa a sua alma.
Para conseguir o que pretende o diabo oferece-lhe em troca um livro mágico que permitiria ao soldado a realização de todos os seus desejos pessoais. Seduzido com esta oferta, o soldado passa três dias com o diabo; ou na verdade, três anos. Quando chega a casa, a sua mãe e a sua noiva já nem o conhecem depois de tanto tempo; é então que descobre que tinha passado três anos com o diabo e decide rejeitar tudo o que o livro lhe concedera até então e tenta recuperar o seu violino (ou seja, a sua alma).
Depois de voltar a encontrar-se com o diabo e de não ter conseguido reaver a sua "alma", o soldado dirige-se a um palácio cujo o rei oferecia então a mão de sua filha a quem a conseguisse curar. É então que o soldado decide tentar a sua sorte e, encontrando-se novamente com o diabo consegue embebedá-lo (no decorrer de um jogo de cartas entre ambos) e assim reaver o seu violino.
Assim o soldado dirige-se ao palácio e toca para a princesa, conseguindo assim curá-la. Contudo o diabo reaparece mas o soldado para se defender tem a genial ideia de tocar a "Dança do Diabo", que faz com que aquele dance até ao esgotamento total.
Depois de algum tempo o soldado regressa à sua aldeia com a princesa, sua mulher.
Mas no final o diabo também aí aparece arrasta consigo o soldado-príncipe, definitivamente.