Misericórdia, Joaquim de Azevedo e Família Soares dos Santos formalizam apoio ao Arco Maior - Notícias - Santa Casa da Misericórdia do Porto

https://www.scmp.pt/assets/misc/img/noticias/0113.jpg
https://www.scmp.pt/assets/misc/img/noticias/0087.jpg
share print
Misericórdia, Joaquim de Azevedo e Família Soares dos Santos formalizam apoio ao Arco Maior
⌚ 12.10.2015

Santa Casa da Misericórdia do Porto, o Prof. Joaquim de Azevedo e a Família Soares do Santos assinaram no passado dia 9, na Casa da Prelada, um protocolo de colaboração e financiamento que é vital para a sobrevivência do Arco Maior, um projeto socioeducativo para jovens em abandono escolar e em perigo.
O Arco Maior trabalha dois grupos de jovens, entre os 15 e os 18 anos e entre os 18 e os 24 anos.
Para o Provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares, "o objetivo é propagar a ideia na Área Metropolitana do Porto e no país, sem aumentar a despesa pública, graças a um trabalho em rede".

Perante o problema de centenas de jovens excluídos ou que se excluíram dos sistemas formais de educação e formação, considera o Provedor da SCMP que "ou há um trabalho a montante, nas fases iniciais ou o Estado vai ter de o trabalhar nas suas fases posteriores, mais na depressão destas consequências".
Este projeto surgiu, em 2010, da necessidade de encontrar uma alternativa de educação e formação e de reintegração social para os quase 200 jovens sinalizados pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens. As instituições envolvidas neste projeto entenderam que a cidade do Porto "não podia continuar a deixar "escapar" por entre as malhas dos sistemas de educação, formação, apoio e proteção social, um tão elevado número de adolescentes e jovens, com tantas e graves consequências humanas e sociais".
António Tavares vê no Arco Maior uma forma de provar que o futuro pode ser melhor para estes jovens, mas é, sobretudo, "um desafio à disponibilidade dos homens, à generosidade dos homens e à capacidade de acreditar".
No dia 9 de outubro juntou-se a vontade de um conjunto de instituições para substituir o Estado, "o mesmo Estado que muitas vezes se preocupa com a defesa do Estado Social, com a defesa da escola pública, mas é mais uma forma de retórica do que na prática", salientou o Provedor.
Outro dos signatários deste protocolo e o mentor principal do Arco Maior é Joaquim de Azevedo que assumiu, olhos nos olhos, perante as dezenas de jovens presentes, que "temos consciência que somos a vossa última oportunidade, somos uma espécie de carro vassoura". Joaquim de Azevedo lembrou as dificuldades ocorridas ao longo de 6 anos de projeto e que já houve momentos em que "não tínhamos dinheiro para comer", deixando a esperança que o Arco Maior é para continuar, muito graças ao apoio de Alexandre Soares dos Santos que "agarrou neste projeto e está disponível para apoiar".
Em representação da família Soares dos Santos estava Henrique Soares dos Santos, que formalizou o apoio financeiro para o ano letivo 2015/2016, como uma "missão de salvamento, mas que é também uma prova de resistência". Henrique Soares dos Santos foi portador de uma mensagem da família, incentivando estes jovens para que nunca desistam de si próprios. Henrique e a família Soares dos Santos pretendem acompanhar o Arco Maior, "ver como é que ele se desenvolve e depois apoiar o projeto para que ele tome amplitude nacional". Henrique Soares dos Santos considerou por fim que "apoiar estes jovens é um desígnio do país".
Júlio foi o jovem que, neste ato solene de formalização do protocolo, falou em nome de todos os colegas do Arco Maior. Quando começou Júlio não sabia ao que ia mas, rapidamente, percebeu que "aqui somos todos iguais e os professores preocupam-se connosco". Júlio considera que não são os papéis nem os livros que o fazem mais preparado para a vida. Identifica-se mais com a prática, privilegiada no Arco Maior e que, apesar de não ter lugar no ensino regular "é aqui que aprendo com todos os sentidos".
De salientar que o Arco Maior é apoiado pelo Ministério da Educação, com os docentes, e pelo IEFP, com formadores especializados e psicólogos, a Fundação Manuel António da Mota, com apoio às despesas de funcionamento, a Universidade Católica, pela afetação do Coordenador do Projeto, Joaquim de Azevedo e dádiva de materiais e a SCMP com a cedência de instalações e apoio jurídico.

top bot
A utilização de cookies neste website tem como principal objetivo melhorar a sua experiência.
Ao clicar em qualquer link nesta página está a dar-nos a permissão para usar cookies.