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O Provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares e o Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro, Luís Alves Monteiro deram as boas vindas a mais de meia centena de pessoas que estão participar neste debate, a decorrer no auditório D. Pedro IV, cujo primeiro painel tratou a Lei de Bases da Economia Social: a mudança de paradigma, apresentado pelo deputado à Assembleia da República, Marco António Costa.
António Tavares lembrou que o desafio da demografia e o envelhecimento da população requer que a inovação social esteja patente ao nível de serviços de apoio domiciliário e no retardamento da institucionalização. É necessário também, haver uma evolução do leque de soluções disponíveis para integrar equipamentos como co-housing social.
É com verdadeiro benefício que está aberto o debate sobre os desafios da economia social, uma faixa tão importante para o futuro do nosso país.
Constata-se o acréscimo de mais de 10%, face a 2010, de entidades que dão apoio à economia social, um indicador promissor, mas com enormes carências para fazer face aos tempos difíceis das próximas décadas. Os dados dizem-nos que em 2020 prevê-se passar de 3 activos para 1.4 activos por reformado. Uma situação deveras preocupante. Mesmo quando se ouve falar em inteligência artificial, lembra Dr. António Tavares, devemos também falar na inteligência emocional, pois é essa que devemos considerar quando o que está em causa é cuidar do próximo.
Como principais causadores de uma situação grave e altamente delicada estão a maior longevidade da população, a reestruturação familiar, o tabu político e as pensões de reforma.
A conferência retomou o debate de tarde com os painéis: Economia na proximidade e o papel das empresas na economia social, antes de encerrar pelas 17h45.