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Na data em que se assinalou o Dia Internacional dos Museus, o MMIPO inaugurou uma exposição que combina os traços lúdicos de Luciano Martins com peças da exposição permanente do MMIPO alusivas aos "brasileiros de torna-viagem", como ficaram conhecidos os mais de um milhão de portugueses que, entre 1855 e 1914, atravessaram o Atlântico para o Brasil.
A coleção tem algumas reproduções de obras que remetem ao nosso país irmão, como "O Jogador", " O Torcedor", "Nossa Sra. Aparecida", "Lampião e Maria Bonita", "Sentimentos no Rio", "Floripa dos Meus Olhos", entre outras.
"Nestes 200 anos de história, a trilha sonora foi ampliando a voz do nosso povo. Do samba de Pixinguinha, Noel Rosa e Cartola, passamos pela Bossa Nova de Tom Jobim, Vinícius e João Gilberto, e chegamos a Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa que, em 1968, com aquela música colorida que misturava rock e a poesia concretista a elementos tradicionais, ficou conhecida como "tropicalismo"! Eles realmente defendiam a "brasilidade", bebiam na fonte do movimento antropofágico promovido pelos artistas modernistas", explica Luciano Martins.
"E é neste caleidoscópico de influências culturais que eu trago de volta para Portugal, aqui no MMIPO, a minha arte. Nunca tive a certeza se todas as tintas da minha paleta alcançariam tais diversidades do nosso povo. Uma grande mistura de tudo isso que já vivemos, com um olhar apaixonado de quem ama a nossa história", concluiu.