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António Tavares tomou posse como Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto para o quadriénio 2017/2020 e vai "desenvolver este mandado, o primeiro num período de quatro anos [na história da Instituição], num cenário de grande incerteza", referindo-se à atual conjuntura internacional.
Durante a sua intervenção, o Provedor afirmou a missão da Misericórdia do Porto: "Queremos contribuir para a construção de uma sociedade inclusiva onde todos tenham lugar. E uma sociedade inclusiva será, com certeza, mais tolerante e mais equilibrada".
António Tavares destacou, ainda, que "talentos, tecnologia e tolerância são os desafios que a Misericórdia do Porto deve aproveitar, assumindo um compromisso permanente entre a tradição e a modernidade".
"O meu programa para este mandato não tem promessas nem soluções para os problemas, mas antes contributos ambiciosos para ajudar na coesão social e económica da nossa sociedade", acrescentou.
Ouça na íntegra o discurso do Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Ministro da Saúde assume a pobreza como inimigo comum
Adalberto Campos Fernandes presidiu à sessão de tomada de posse e considerou "a pobreza, o isolamento, o envelhecimento sem dignidade e as condições extremas de dificuldade de vida" como inimigo comum, contando com a Misericórdia do Porto e todas as entidades representadas na sessão para o seu combate.
"Governo, setor social, Igreja, autarquias e todos aqueles que entendem que o serviço público é a capacidade de dar aos outros o pouco daquilo que somos capazes de fazer ou de saber" são fundamentais para que se possam criar as condições para "uma vida mais digna", afirmou o Ministro da Saúde.
"É aqui que nos encontramos para a assinatura deste protocolo" com a União das Misericórdias Portuguesas, continuou. "A pobreza é o grande desafio dos tempos modernos", concluiu Adalberto Campos Fernandes.
A parceria com o Ministério da Saúde permitirá a cooperação em regime de "complementaridade com o Estado, com o objetivo de melhorarem a prestação de cuidados de saúde aos portugueses", atestou o presidente da União das Misericórdias Portuguesas.
Para Manuel de Lemos, este protocolo irá "contribuir para a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde, aumentando paralelamente a capacidade de resposta às pessoas e às comunidades". E justifica-o, afirmando que com serão prestados "alguns serviços a preços significativamente mais baixos do que aqueles que o mercado privado e até social fazem".
"Misericórdia do Porto é a [instituição social] mais importante da cidade"
O Presidente da Câmara Municipal do Porto destacou "a importância que a Santa Casa da Misericórdia do Porto tem na cidade".
"Vivemos um tempo em que alguns acreditavam que o Estado tudo podia fazer. Mas hoje percebeu-se que as antigas instituições de solidariedade, das quais a Misericórdia do Porto é a mais importante da cidade, tem um papel muito importante a representar", acrescentou Rui Moreira.
"É fundamental que a cidadania e a Igreja estejam presentes, porque só assim podemos construir uma sociedade mais equitativa e valer àqueles que precisam de nós", concluiu.
Ouça AQUI na íntegra o discurso do Ministro da Saúde.
Ouça AQUI na íntegra o discurso do Presidente da Câmara Municipal do Porto.
Ouça AQUI na íntegra o discurso do Presidente da União das Misericórdias Portuguesas.