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"(In)clusões e (In)cursões... pela cultura" é o título do primeiro número desta publicação verdadeiramente inclusiva.
"A inclusão, tema cada vez mais discutido na sociedade, é também um dos fins últimos ambicionados pela Misericórdia do Porto, enquanto instituição ciente da igualdade e equidade que deverão pautar uma sociedade justa e consciente da dignidade inerente à condição humana", destaca o Provedor António Tavares no Editorial.
"A diferença é, inequivocamente, um fator de valorização desta condição, pelo que a promoção de condições que favoreçam o acesso a uma cidadania plena para todos os cidadãos é uma prioridade", continua.
Partindo de entrevistas a diversos agentes-chave ligados a diferentes áreas da Cultura, os formandos do curso de Operador Gráfico de Braille, já em Formação Prática em Contexto de Trabalho na Imprensa Braille do Centro Professor Albuquerque e Castro, estruturaram um conjunto de artigos "reveladores de boas práticas, de objetivos cumpridos, de projetos em ebulição, de um caminho ainda longo, mas já iniciado", atesta o Provedor da Misericórdia do Porto.
Simbolicamente lançada no Dia Mundial do Braille, a publicação será distribuída pelos agentes sociais e culturais do país com responsabilidade nestas matérias, de que são exemplo o governo, as autarquias e as provedorias do cidadão com deficiência.
A revista, sem periodicidade definida, "pretende ser um contributo nesta demanda, um convite à reflexão e à ação, sustentadas pela certeza de uma maior e melhor inclusão. Deste modo, cumpre-se também uma das mais importantes obras da Misericórdia: ajudar os outros", conclui António Tavares.
No Dia Mundial do Braille, o Jornal de Notícias foi conhecer a única imprensa Braille que produz em massa no país. O Centro Professor Albuquerque e Castro funciona desde 1956. Veja AQUI a reportagem!
IMPRENSA BRAILLE
A Misericórdia do Porto produz, através do seu Centro Professor Albuquerque e Castro, diversos materiais em Braille, contribuindo assim para a integração do cidadão cego, visando uma cidadania plena.
Desde 1956 que são publicados livros, publicações e outros materiais em Braille. Atualmente a Imprensa Braille da Misericórdia do Porto produz o Jornal de Notícias, a Visão, a Visão Júnior, as revistas "Poliedro" e "Rosa-dos-Ventos", para além de diversos títulos de obras de autores portugueses e estrangeiros.
As edições com tiragem superior a 1.000 exemplares são produzidas pela via tradicional e as de menor tiragem são produzidas pela via informática.
PORQUÊ O DIA 4 DE JANEIRO?
Foi neste dia que nasceu Loius Braille, o criador do sistema de leitura e de escrita Braille.
Louis Braille ficou cegou aos 3 anos de idade e aos 20 anos conseguiu formar um alfabeto com diferentes combinações de 1 a 6 pontos que ainda hoje é usado como forma oficial de escrita e de leitura das pessoas cegas.
O Braille é composto por 64 sinais, gravados em papel em relevo. Estes sinais são combinados em duas filas verticais e justapostas, à semelhança de um dominó ao alto. A leitura faz-se da esquerda para a direita.