Rui Chafes | Revelações sobre a sua obra - Notícias - Santa Casa da Misericórdia do Porto

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Rui Chafes | Revelações sobre a sua obra
⌚ 11.01.2017
"Oiço uma voz que me diz para fazer as coisas e eu obedeço"

A obra de Rui Chafes, com uma marca forte e paradigmática, capaz de coabitar em harmonia com a tradição, está instalada e viva no MMIPO - Museu e Igreja da Misericórdia do Porto. Agregada à génese da Misericórdia do Porto, a peça "O Meu Sangue é o Vosso Sangue", transporta e oferece a essência do Fons Vitae e da Misericórdia à cidade. Numa aposta no que de melhor se cria em Portugal, a Misericórdia do Porto assumiu a opção de escolher um escultor nacional, referência da arte contemporânea mundial, para materializar o compromisso da Misericórdia do Porto entre a tradição e a modernidade, posicionamento vivo também da cultura e à arte. 

Em entrevista ao Diário de Notícias, Rui Chafes revelou o espelho dos seus pensamentos; explicou quem é, como é e como vê a escultura: "Uma escultura é um acontecimento no espaço, uma acumulação de energias com uma determinada formatação e esse tipo de definição de escultura é o que me interessa. Não é a forma propriamente cristalizada como fim, mas sim como meio que nos mostra um incêndio, um acontecimento, uma coisa no espaço. E as sombras muitas vezes são como se fossem um contra mundo, um mundo alternativo, ao avesso".

Prémio Pessoa 2015, reconhecido mundialmente pelas suas construções e singular na forma como se apresenta enquanto autor, Rui Chafes desvenda as suas leis e convicções relativamente ao que é trabalhar o ferro, negro, e o processo criativo envolvente: "Oiço uma voz que me diz para fazer as coisas e eu obedeço. E como trabalho sozinho estou permanentemente disponível para ouvir essa voz. Se tivesse pessoas ao pé de mim não conseguia ouvir essa voz. As pessoas ao falarem, ao respirarem, ao fazerem barulhos, iam impedir-me de ouvir essa voz".

Para Rui Chafes "não existe arte sem transformação" e quando questionado acerca da sua vida além do processo criativo, é assertivo e apaixonado na resposta: "Aquela é a minha vida. Se houver uma pirâmide, primeiro está a Escultura, depois vem tudo o resto. Isto pode ser politicamente incorreto, mas eu ponho a arte, e a Escultura, primeiro que tudo o resto".


Entrevista completa AQUI.

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