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"O Panóptico - do dispositivo de vigilância ao paradigma da biopolítica" é o tema da exposição e do ciclo de conversas sobre este edifício emblemático do Centro Hospitalar Conde de Ferreira e da própria cidade do Porto.
Sempre no segundo sábado dos meses de novembro, dezembro e janeiro, um convidado apresentará uma perspetiva diferente sobre o conceito de panótico.
O ciclo de conversas apresentará, assim, três formas distintas de ler um edifício: através do Direito, da Arquitetura e da Filosofia.
A primeira conversa terá lugar no dia 11 de novembro, pelas 17h00, e estará a cargo do Provedor da Misericórdia do Porto, António Tavares.
A entrada é gratuita mas carece de inscrição obrigatória para: geral@mmipo.scmp.pt | T. 220 906 960.
A conversa terá lugar no próprio espaço da exposição. Desenvolvida pelo Departamento de Atividades Culturais da Misericórdia do Porto, a mostra revela, ao longo de uma linha de tempo, as diferentes formas de contenção e vigilância.
Para além da base documental e histórica, o visitante tem ainda um confronto com as teorias filosóficas contemporâneas de uma era "pós-panótica", na qual o facto de ser vigiado passou de uma ameaça a uma tentação.
A visita a esta exposição termina no próprio Panótico, que se encontra no exterior da unidade de saúde.
Marque a sua visita (gratuitamente): publicos@mmipo.scmp.pt | T. 220 906 961 .
O QUE É O PANÓTICO?
Pouco após a abertura, o primeiro hospital construído de raiz em Portugal para o tratamento de doenças do foro mental construiu dois pavilhões com celas para os doentes "furiosos" (finais do século XIX), conhecidos por "Panótico".
Este modelo, criado por Jeremy Bentham, era entendido como uma estrutura arquitetónica capaz de reformar a moral e promover a ordem social e, na prática, isolava os doentes.
Com o passar do tempo, estas estruturas foram-se tornando obsoletas e foram substituídas por outras formas de contenção.
Atualmente, o Centro Hospitalar Conde de Ferreira dispõe apenas de um panótico, que integra o circuito desta exposição.