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No dia 1 de junho, dia tradicionalmente dedicado pela Misericórdia do Porto a homenagear o Barão de Nova Sintra e o seu legado, dedicado a acolher, cuidar e preparar os mais jovens, este ano a data foi particularmente relevante para a comunidade da atual Casa de Acolhimento Residencial do Colégio Barão de Nova Sintra.
O estabelecimento vai-se reinventar quanto à sua forma de servir os mais jovens em situação de risco, certos que o legado do Barão vai perdurar, agora, adaptado às necessidades, desafios e exigências da sociedade dos dias de hoje.
Foi durante a festa anual evocativa do seu fundador, José Joaquim Leite Guimarães, que a Mesa Administrativa da Misericórdia do Porto, os colaboradores, os jovens e demais convidados institucionais celebraram o passado, confiantes no futuro que agora se prepara.
No mesmo dia em que se celebrou o Dia Mundial da Criança, a sessão que assinou os 153 anos de legado do Barão de Nova Sintra, iniciou-se com uma celebração eucarística na capela do estabelecimento, seguido de um jantar e de uma sessão de entrega de prémios de mérito aos jovens residentes.
O momento foi também marcado por uma homenagem, do Provedor e de toda a Mesa Administrativa da Misericórdia do Porto, a Albertina Amorim, Mesária da Área do Envelhecimento e Juventude da Instituição, com a tutela do Colégio Barão de Nova Sintra, num justo reconhecimento pela sua dedicação, empenho e compromisso a este estabelecimento. Foram também agraciados pela Mesa Administrativa todos os atuais colaboradores e jovens residentes.
O sessão incluiu um corte de bolo, num ambiente de celebração, simbolicamente, reforçando a nossa confiança no futuro.
VIDA E OBRA DO BARÃO DE NOVA SINTRA
José Joaquim Leite Guimarães, nascido no concelho de Guimarães a 21 de julho de 1808, mudou-se para o Porto aos 11 anos, onde trabalhou como caixeiro numa loja que comercializava lãs.
Em 1825 rumou ao Brasil e no final dos anos 30 tornou-se sócio da empresa "Leite e Guimarães", no Rio de Janeiro, na qual se manteve até 1846.
Em 1851, já detentor de grande fortuna, decidiu abandonar o Brasil e regressar a Portugal, fazendo breve digressão pela Europa. Em finais do ano seguinte, o Comendador José Joaquim Leite Guimarães (agraciado com a Comenda da Ordem de Cristo do Império do Brasil) assinou o auto de posse da sua quinta de Nova Sintra, de onde provém o título de Barão de Nova Sintra (atribuído em 1862 pelo rei D. Luís).
Na década de 50 fez nova digressão pela Europa e regressou definitivamente a Portugal em 1855.
Nos anos 60 criou, no Porto, dois estabelecimentos vocacionados para apoio à mendicidade.
O Estabelecimento Humanitário do Barão de Nova Sintra, custeado por conta do seu fundador e patrono, foi inaugurado em outubro de 1866 e acolhia crianças de ambos os géneros, tanto em regime de internas como de externas.
José Joaquim Leite Guimarães faleceu no Porto a 3 de Junho de 1870.
No dia 1 de junho de 1871, a Misericórdia do Porto tomou posse do Estabelecimento Humanitário, atualmente designado por Colégio Barão de Nova Sintra, por decisão em vida do seu patrono.
Quer saber mais? Leia tudo no MMIPO - Museu e Igreja da Misericórdia do Porto.
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