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"Inclusão Social e Cultura na Reabilitação - A experiência da Misericórdia do Porto" serviu de mote à apresentação do Provedor António Tavares, no dia 8 de novembro, no âmbito da V Semana de Reabilitação Urbana.
A Misericórdia do Porto tem um papel ativo e determinante em matéria de reabilitação do património edificado da cidade.
Sinal disso é a conquista do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2017, na categoria "Melhor Intervenção de Uso Comercial & Serviços", com a reabilitação do Palacete Araújo Porto que acolhe, atualmente, o Centro Corporativo da Misericórdia do Porto.
Durante a conferência, António Tavares partilhou alguns dados estratégicos da Instituição, que passam pela aposta na criação de "respostas que vão ao encontro das reais necessidades do Porto".
Tornar o mercado de arrendamento "acessível a famílias com carências económicas, jovens estudantes e a públicos seniores com necessidades específicas", é um dos objetivos.
No âmbito do programa "Reabilitar para Arrendar", a Misericórdia do Porto está a recuperar edifícios destinados a fins habitacionais em regime de renda condicionada. Até 2020, a Instituição prevê reabilitar 46 edifícios. Atualmente há oito imóveis em fase de empreitada e, desde 2016, já concluiu a reabilitação de três edifícios, um dos quais classificado como Imóvel de Interesse Público.
Para o Provedor da Misericórdia do Porto é fundamental "devolver à cidade".
Outro exemplo disso é a recuperação do património numa vertente cultural. António Tavares recordou a reabilitação dos jardins históricos do Centro Hospitalar Conde de Ferreira, da Casa da Prelada e a criação do MMIPO na sede da Instituição, na Rua das Flores.
Durante a conferência, António Tavares traçou ainda o futuro e anunciou que, até 2025, o programa da Misericórdia do Porto vai continuar com a reabilitação da Universidade Lusíada, transformando-a em residências para estudantes. Para além disso, haverá uma intervenção no Campo do Candal, em Vila Nova de Gaia.
A V Semana de Reabilitação Urbana está a decorrer no Palácio da Bolsa até 12 de novembro, unindo empresas, pessoas, ideias e boas práticas em torno desta temática.
A edição deste ano foca-se na inclusão social, nos novos instrumentos de financiamento à reabilitação urbana, no impacto das novas tecnologias e numa nova política de habitação.