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"O problema dos sem-abrigo é, muitas vezes, um problema de falta de emprego e com situações de doença. Temos que olhar para cada caso como um caso", comenta o Provedor António Tavares em entrevista ao Porto Canal. Veja AQUI.
A discussão pública em torno da falta de vagas nas estruturas de realojamento temporário encontrou no turismo uma justificação. Alegadamente, o aumento da procura de casa pelos turistas estará a reduzir as opções para albergar quem não tem um teto para viver.
Para António Tavares "pôr a culpa no turismo não é a resposta". "O turismo é outra atividade e não tem nada a ver com a questão da emergência de alojamento social", acrescenta.
"A Constituição é clara: compete ao Estado dar uma ajuda e ter uma política nesse sentido", assevera o Provedor.
"Tínhamos hoje, se houvesse necessidade, a capacidade de albergar todos os sem-abrigo do Porto, porque temos equipamentos que, depois de recuperados, poderiam ter essa tarefa", garante António Tavares.
Para o Provedor da Misericórdia do Porto "falta vontade política e vontade financeira de suportar esse custo".
A Misericórdia do Porto dispõe, atualmente, de duas unidades de resposta à população sem-abrigo e em situação de emergência social: a Casa da Rua e o Centro de Alojamento Social.
Para além disso, através da rede de respostas sociais da Misericórdia do Porto, são disponibilizados, em vários pontos da cidade, equipamentos sociais cujo objetivo é prestar apoio aos grupos populacionais e indivíduos com maiores fragilidades.
Desta forma são garantidas as condições que assegurem a satisfação das necessidades básicas desta população, assim como a promoção de uma rápida reinserção na sociedade, orientada para o regresso à vida ativa.
Saiba mais sobre estas respostas AQUI.