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Quem não se sente tocado pela figura dos Magos que caminham para o Presépio de Belém, guiados por uma estrela? A imaginação remonta sempre à infância, que é o nome do primeiro acesso à realidade, em todas as idades da vida. Por isso, é sempre nos confins da memória que Deus se revela a todos os seres humanos e os encaminha para Jesus, o divino feito criança a sorrir no berço.
Os Reis Magos somos nós que vamos da fé inicial à fé amadurecida, guiados pela luminosidade sideral que dá aquilo que parece impossível: o encontro com o Deus invisível.
Os crentes da primeira hora dão-nos esse Evangelho de Jesus, pela pena de S. Mateus. Poetas, sábios e artistas têm recriado continuamente essas figuras inesquecíveis da Europa, da Ásia e da África, os continentes então conhecidos, a quem é revelado o divino.
Neste ano de 2021, é a nós, na Misericórdia do Porto, na nossa Cidade e no nosso País, em luta com doença, com a pobreza, com a renovação das instituições que é proposta a figura dos Reis Magos. A estrela acende-se de novo no mais íntimo da nossa alma para nos guiar, para nos consolar e para robustecer a nossa força de viver. Vamos olhar de novo o Oriente, pois a energia divina está tão perto, à distância de um olhar de fé.
Jorge Cunha
Capelão Mor da Santa Casa da Misericórdia do Porto