Palestrantes & Comunicações - Congressos - Conteúdos - Santa Casa da Misericórdia do Porto

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Palestrantes & Comunicações
A certeza da morte e a incerteza do Céu: os legados pios nos testamentos da Misericórdia do Porto (1750-1777) 
António Marques Rodrigues

?RESUMO

A certeza da morte e a incerteza do Céu materializaram-se em gestos concretos: legados pios. Os testadores viam na figura do desamparado - por orfandade, delito, vadiagem, pobreza, doença ou morte - uma oportunidade para exercer a caridade e agilizar a sua salvação. Tendo como observatório a Santa Casa da Misericórdia do Porto, entre 1750 e 1777, o presente estudo propõe colaborar na discussão metodológica acerca da análise testamentária. Particularmente, através da identificação de redes de sociabilidade, aprofundando a relação dos testadores com as causas sociais em que se implicaram nas suas últimas vontades. Recorrendo de outro tipo de fontes (registos paroquiais, procurações, inquirições de genere e registos notariais) procurámos reconstruir notas biográficas dos benfeitores de forma a identificar as suas funções e ligações familiares, institucionais e corporativas, com o objetivo de delinear o seu círculo de influência.


NOTA BIOGRÁFICA

Licenciado em História (2019-2022) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e frequenta o Mestrado em História e Património, ramo Estudos Locais e Regionais, na mesma instituição, desenvolvendo um estudo sobre a relação de Portugal com a Custódia da Terra Santa. As suas áreas de interesse vão ao encontro da história social e religiosa, envolvendo-se em diversas iniciativas de apresentação e discussão destas temáticas na Época Moderna. Publicou na revista Omni Tempore - revista de atas dos Encontros da Primavera o artigo da comunicação apresentada em 2022.


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A prostituição e as doenças venéreas no Hospital de Santo António do Porto: o ano de 1889

Beatriz Camões

?RESUMO

No século XIX, a principal fonte de rendimento da Santa Casa da Misericórdia do Porto correspondia ao novo Hospital de Santo António, pensado desde 1769, e operacional desde 1799, com a entrada das primeiras doentes. A esta instituição acorriam pessoas dos mais diversos estatutos sociais, em particular as não tinham quem delas cuidasse, pela pobreza, solidão e abandono extremos. Dentro desta comunidade enferma, o nosso interesse de análise está focado nas prostitutas, que se movimentavam socialmente entre a inclusão e a exclusão. No século XIX, assistimos a um movimento de tolerância à prostituição, com a publicação sistemática de regulamentos policiais, que transformaram aquelas marginais em ?toleradas' pela sociedade, sujeitas a inspeções sanitárias sistemáticas e a vigia de doenças transmissíveis. Face a este contexto, o objetivo primordial é o de reconstruir histórias de vida e explorar a história da saúde, através da leitura e análise dos Livros de Entrada e Saídas de Mulheres do Hospital. 

 

NOTA BIOGRÁFICA

Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Mestranda em História e Património pela mesma instituição, no ramo de Mediação Patrimonial. As principais áreas de interesse e investigação passam pela História de Género, história cultural e social e o património, nas suas demais vertentes. Conta com apresentações/comunicações em alguns eventos científicos, tais como: Encontros da Primavera, no âmbito da apresentação do projeto de seminário; IJUP2023, da Universidade do Porto; Colóquio "Ser Mulher na História", organizado pelo Núcleo de História da FCSH; Jornadas "Mulheres no Discurso", organizado pelo Centro de Linguística da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. 


 

 

 

 

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